[MÚSICA] Nosso ponto fundamental relação a o mercado de câmbio é basicamente a sua relação, ou a relação da determinação da taxa de câmbio no curto prazo, tudo mais constante, relação à gestão da política monetária doméstica. Ou seja, relação a formação da taxa de juros doméstica, e da taxa de juros internacional. Ambas comparadas mesma moeda como já dissemos. Então vejam, se nós temos uma elevação da taxa de juros doméstica, o efeito sobre o mercado cambial vai ser o de tudo mais constante produzir fluxo de entrada de capitais que vai levar a excesso de oferta de dólares no mercado cambial e portanto a uma queda no preço do dólar ou seja, uma apreciação da moeda doméstica. Então esse resultado é importante. Quando a taxa de juros doméstica se eleva a moeda doméstica se aprecia. Quando a taxa de juros doméstica cai tudo mais constante a moeda doméstica se deprecia. O próximo ponto que nós precisamos elucidar é, bom o que que isso tem a ver com o lado real da economia? Como que isso afeta, como esse efeito cambial afeta a produção de bens e serviços o lado real da economia. Ou seja, o nesse mercado de bens e serviços. Nós observamos lá atrás, lá nos nossos primeiros módulos que o mercado de bens e serviços tem uma parte do seu dispêndio doméstico é exatamente medido pelas exportações líquidas. E nós medimos lá atrás que as exportações líquidas elas são guiadas basicamente pelo comportamento da renda doméstica, pelo comportamento da renda internacional e pela taxa de câmbio real, que nós acabamos de elucidar também neste módulo atual. Então a taxa de câmbio real é a medida da competitividade relativa entre os países. Okay? Como é que a taxa de câmbio nominal entra nessa brincadeira? Bom, ela produz efeito de curto prazo sobre a percepção dessa competitividade pelos agentes que estão comprando e vendendo bem e serviços. Então, o ponto é que de fato quando a taxa nominal de câmbio muda no curto prazo a efeito sobre a competitividade mas não é efeito de ganho ou perda de competitividade termos reais. É efeito preço. E por isso normalmente na literatura nós chamamos esse efeito de competitividade preço, para ficar bem claro que não se trata efetivamente de incorporar mais ou menos tecnologia de aumentar a produtividade do capital ou do trabalho, ou melhorar as características institucionais e políticas de uma economia que produzem efeito de ganhos de competitividade, e avanço tecnológico. Mas nada disso. É simplesmente é efeito preço que significa que quando a taxa nominal se aprecia, até que esta apreciação até que este efeito desta taxa nominal de câmbio se reflita termos de outras variáveis nominais da economia, e por tanto apareça relação ao nível geral de preços da economia e portanto a inflação doméstica ou inflação internacional se o efeito for externo demora muito tempo. Enquanto há esta dinâmica de ajuste há uma percepção de mudança na relação de trocas do ponto de vista real entre os países, que é o efeito da competitividade preço. Portanto se as taxas de inflação ainda não mudaram no país doméstico, no país internacional. Produtividade não mudou, todos os fatores de longo prazo estão estáveis. Quando a taxa nominal de câmbio se aprecia há uma percepção de apreciação também da taxa real de câmbio no curto prazo. Então, este efeito competitividade preço ele acaba podendo ter relexo sobre o resultado de exportações líquidas. Mas é reflexo de curto prazo, não é reflexo que vai durar para sempre. É reflexo que aparece apenas enquanto os efeitos dinâmicos estão sendo estão ocorrendo na economia estão, as decisões estão sendo sendo tomadas ao longo do tempo, e esses efeitos dinâmicos que demoram para acontecer abrem a janela ou seja, produzem a possibilidade de que uma mudança no câmbio nominal seja percebida como uma como ganho ou perda de competitividade e aí chamamos então de competitividade preço para ficar bem claro que não tem nada a ver com a relação de competitividade expressa no longo prazo, na qualidade do poder de compra. Certo? Mas que pode levar a uma resposta tanto do ponto de vista das importações quanto das exportações. E quando nós assumimos que essa resposta aconteça e que ela seja relevante nós estamos assumindo que o efeito da competitividade preço que vêm via câmbio nominal seja mais importante para decisão de importar ou de exportar do que a própria renda doméstica, ou a renda do resto do mundo. Isso é uma hipótese digamos relativamente forte ou seja, ela carece de evidências empíricas. Ela carece de ser baseadas fatos como geral acontece com a maior parte das nossas hipóteses, principalmente com os nossos resultados como é o caso aqui. Nós estamos supondo que estes resultados mostrarão a prevalência do efeito competitividade preço relação ao efeito renda que opera sobre as exportação líquidas no contexto dos mercados de bens e serviços como já falamos lá atrás. Então, sobre essa suposição nós poderíamos pensar o seguinte. Quando há uma apreciação da moeda domestica há ganho de produtividade preço, ou seja há uma elevação na taxa real de câmbio termos desta mudança de câmbio nominal. Isso significa que nós teríamos incentivo para que houvesse mais importações e o desincentivo para que houvesse as exportações ou seja, os nossos produtos ficariam mais caros no resto do mundo e os produtos importados ficariam mais baratos domesticamente, o que produziriam efeito de elevar as importações diminuir as exportações, e portanto diminuir o saudo líquido das exportações líquidas que é dos componentes do dispêndio doméstico no mercado de bens e serviços. Certo? Portando a conexão entre taxa de jutos doméstica, e câmbio nominal e entre câmbio nominal e câmbio real que é o efeito competitividade preço nos levaria a seguinte conexão lógica. Quando há uma elevação na taxa de juros doméstica há uma apreciação na taxa nominal de câmbio que se reflete momentaneamente como uma apreciação da taxa real de câmbio que produz o efeito de diminuir o saldo de transações correntes, ou seja diminuir o dispêndio doméstico, diminuir a renda da economia diminuir consequência o consumo das famílias. Aí dispara o multiplicador keynesiano. Certo? E isso produz junto com a diminuição do investimento e do consumo função da elevação da taxa de juros efeito ainda mais de diminuição, ou seja, acentua o efeito restritivo da política monetária de elevação da taxa de juros que é uma política monetária restritiva. Certo? Então esses efeitos se combinariam o efeito via câmbio que é o canal de transmissão do câmbio da política monetária, reforçaria o efeito restrivo sobre a demanda agregada no contexto dos mercados de bens e serviços. [MÚSICA]