[MÚSICA] Estamos começando agora o módulo dois, Histórico do papel da mulher na sociedade. E a nossa primeira aula é falar sobre o papel da mulher na história. Algum momento da história, os papéis de homens e mulheres foram iguais? Será que a gente pode entender que, algum momento ali, outros milênios e outros séculos, homens e mulheres tiveram papel igual? A resposta eu já vou dar agora: não. Sempre foram diferentes e continuam distintos. As diferenças sexuais sempre foram reforçadas, ao longo dos séculos, pelos diferentes povos, pelas diferentes culturas. Nas culturas ocidentais, por exemplo, a gente associa a figura feminina ao pecado e à corrupção do homem. Isso de acordo com a tradição judaico-cristã. A figura feminina foi também associada à ideia de uma fragilidade maior, que a colocasse numa situação de total dependência da figura masculina, seja a figura do pai, do irmão ou do marido. Então, a gente sempre teve essa noção de que a mulher era mais frágil, tanto fisicamente quanto emocionalmente, quanto outros aspectos, e a gente via essa submissão das mulheres relação aos homens. Assim, temos a construção de uma cultura patriarcal e machista, que se construiu e consolidou-se ao longo dos últimos anos que a gente tem na história. E tal modelo sugere a tutela constante das mulheres, ao longo das suas vidas, pelos homens antes e depois do casamento, porque o que a gente vê é que a mulher muitas vezes acaba submetendo-se ao que ela tem ali numa famÃlia inicial, principalmente pelo pai, pelos irmãos homens e depois, quando ela passa a ter marido, ela também se submete a uma outra pessoa, mas que também ainda é uma figura masculina. Com a revolução industrial, a gente tem ali no século XVIII, a mulher assume uma posição como operária nas fábricas, deixando o espaço doméstico como único local de trabalho diário, que era o que acontecia séculos antes. E deixa de servir ao marido e aos filhos casa. Ou apenas limitando-se à s tarefas do campo, que também eram bastante pesadas. Foi contexto hostil, de regime de trabalho exaustivo no inÃcio do processo dessa industrialização e aà a gente tem também esse encaminhamento para a formação dos grandes centros urbanos juntando-se à s jornadas extras, porque a mulher quando vai trabalhar, mesmo nos centros urbanos, ainda tem esse papel de esposa, de mãe e até mesmo de filha. Muitas vezes a gente vê essa discussão dessa jornada extra, que é dupla, tripla, que se multiplica como esposa e como mãe pelas funções domésticas, mas muito pouco fala-se desse papel da mulher também como filha, porque muitas vezes, quando os pais dentro das famÃlias já estão mais velhos, muitas vezes, quando a gente fala frequência, esse cuidado acaba ficando muito mais para as filhas mulheres do que para os filhos homens. Entre os séculos XIX e XX, começam as reivindicações das mulheres. Então, alguns primeiros movimentos que nós vamos enxergar principalmente nas indústrias. As mudanças mais profundas no tema acontecem apenas a 50 anos, ou seja mais ou menos a partir da década de 1960. E nesse momento a gente vai ver na história surgindo a revolução sexual. Trabalho mais intelectual e aà esse trabalho intelectual faz com que a gente também gere equilÃbrio maior para homens e mulheres. Nós temos também criado mais acessos a diversos lugares. A gente vai falar sobre isso relação a como que as leis também puderam permitir mais direitos para as mulheres e a gente também tem essa questão da maior escolaridade. Então, as mulheres têm alcançado também mais escolaridade, a partir do momento que elas são permitidas a estudar. As mulheres no Brasil, por exemplo, só podem só tiveram esse direito a ir à escola há pouco mais de cem anos. As mulheres mais escolarizadas diminuem também a taxa de natalidade no paÃs. Então, a gente vê que vários efeitos podem acontecer justamente, porque a gente vê alguns fenômenos acontecendo na sociedade. Com isso a gente vê que as mulheres podem ganhar mais independência. E vai desde essas questões legais como eu falei até comportamentos no dia a dia que nós podemos observar. Os papéis no passado eram diferentes, continuam diferentes mas sofrendo várias transformações. Ainda encontramos desigualdade e a gente vê que os papéis de homens e mulheres foram e continuam diferentes. A ideia não é entender o que é papel melhor, o que é papel pior, mas sim que os direitos sejam iguais para ambos. Nos vemos na próxima aula. [SOM]